Desde que iniciou suas atividades em Abril, o Curso de Teatro Total, coordenado por Pawlo Cidade tem procurado seguir uma proposta que permita ao aluno-ator compreender que cada um de nós - enquanto fazedores de Teatro - possui um motor pessoal cujo objetivo é a busca ou, a “temperatura”. Ou seja, trata-se de um desejo, um querer, um sentir, um agir. Não adianta apenas ter boa vontade, mas é preciso carecer de força motriz. Esse motor está em nosso interior. “Ele não é uma idéia ou uma pessoa (personagem), mas é algo que compromete cada um na sua totalidade, até as raízes mais profundas de si mesmo” (Eugênio Barba).
Os alunos-atores são, ao mesmo tempo, atores e espectadores e percebem que o nosso corpo, partindo de um treinamento, um aprendizado, uma pesquisa. O corpo é uma ferramenta, um títere a serviço da mente. A capacidade comunicativa dos gestos e expressões, ou seja, a linguagem corporal subjulga a linguagem oral a ponto de muitas entonações serem feitas de forma quase que inflexível. “Daí a necessidade do ator entender o seu corpo como mais um objeto de cena. Sua disposição em relação ao cenário tem importante papel como elemento de comunicação visual” (Meyerhold).
Pawlo Cidade ainda esclarece que “o processo de criação é trabalhado, adotando esta linha de conhecimento, em quatro campos globais de expressão: espontaneidade, percepção, integração e absorção que permite ao aluno-ator observar-se e observar o outro”. As aulas estão sendo ministradas, semanalmente, na sede da Fundaci, às segundas (turma adultos) e terça (turma jovem). A promoção é da Secretaria Municipal de Educação e da Fundação Cultural de Ilhéus.
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