É sempre bom discutir o que foi trabalhado. Na aula de ontem (A-6) quero relatar apenas o que foi comunicado, não sobre o que foi "preenchido". Não é uma interpretação pessoal sobre o que deveria ser feito. Isto acelera o processo, pois mantém a plateia ocupada assistindo não a uma peça (esquete) ou a uma história, mas à solução de um problema. E qual era o problema de ontem? Apresentar uma história com início, meio e fim tendo como pano de fundo a atividade esportiva que trabalhamos em dupla durante quase toda a aula. Quer dizer, uma das atividades esportivas. Pois bem, "quando o aluno da plateia compreende seu papel, as linhas de comunicação entre a plateia e o jogador, e entre o jogador e a plateia, são intensificadas. Aqueles que estão na plateia passam de observadores passivos a participantes ativos no problema", é o que afirma Viola Spolin.
Assim, quando o esquete era aparentemente bem resolvido, a plateia batia palmas com mais entusiasmo. Quando deixava alguma lacuna, quase não havia palmas. Eu podia não supor nada e avaliar somente o que realmente eu vi. E, o que eu vi foi muito "bêbado" (exercício final) fazendo papel de "zumbi" ou de "drogados". Porque, papéis de "bêbados" mesmo eu vi poucos. Arrisco a dizer que vi apenas em duas duplas.
Qual a conclusão de tudo isso? Isso faz com que a bola volte para vocês e tornem-se mais perspicazes os olhos e as mãos para uma seletividade mais apurada ao tentar tornar mais clara a realidade do palco. Na próxima semana, quem ficar na plateia terá a responsabilidade de não comparar, competir ou fazer brincadeiras; a plateia irá avaliar o problema de atuação apresentado e não o desempenho de uma cena. Assim, a responsabilidade da plateia para com os jogadores tornar-se-á parte do crescimento orgânico do aluno. Quando uma cena emergir, ela realmente proporcionará prazer a todos.
Não confundir "Avaliação" com "Crítica". A avaliação é uma parte importante do processo e é vital para a compreensão do problema tanto para o jogador como para a plateia.
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