"O ator curioso é aquele que investiga, ler e descobre a historicidade de cada personagem por ele criado." Pawlo Cidade

terça-feira, 20 de maio de 2014

ANTONIN ARTAUD E A EXPRESSÃO DE UMA SUBJETIVIDADE DISSIDENTE

Antonin Artaud (1896-1948)

O Projeto de extensão Teatro Popular e Interculturalidade do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) realizará no dia 27 de maio, às 18h30min, no Auditório Paulo Souto, a palestra: Antonin Artaud e a Expressão de uma Subjetividade Dissidente, proferida pelo Prof. Dr. Michel Jean-Marie Thiollent (UFRJ/UNIGRANRIO). Leia o Edital Nº 077.

O objetivo da apresentação é mostrar a especificidade da subjetividade dissidente de Antonin Artaud (1896-1948) com relação à sociedade, ao teatro e às artes, e discutir aspectos de possíveis continuações posteriores a sua época. O estudo é de tipo biográfico, baseado em um levantamento de obras do autor e de pesquisadores especializados. O resultado consiste em delinear a expressão de uma subjetividade dissidente em contexto cultural, podendo servir para compreender atuais formas de contestação.

Sobre Antonin Artaud

Nasceu em Marselha, no dia 4 de setembro de 1896, e faleceu em Paris, no dia 4 de março de 1948. Tido como louco e internado em vários manicômios franceses, foi poeta, dramaturgo, desenhista, ensaísta, ator, roteirista e diretor de teatro francês. Realizou várias peças de teatro – entre as quais uma ópera – e aparições esplêndidas em dois grandes filmes (O Napoleão, de Gance e A paixão de Joana d'Arc, de Dreyer). Escreveu críticas mordazes e polêmicas acerca do teatro, do manicômio e do poder médico e realizou a emissão radiofônica Para acabar de vez com o juízo de Deus. Em 1932 lança oManifesto do Teatro da Crueldade, no qual defende a ruptura com os padrões tradicionais do teatro em nome do "drama metafísico". Para ele, as obras teatrais só têm sentido se expressarem o sofrimento básico do homem e liberarem as forças inconscientes da plateia. Dentre suas obras literárias destacam-se Linguagem e vida, Van Gogh: o suicidado da sociedade, Eu Antonin Artaud, A arte e a morte, Carta aos poderes e O Teatro e seu duplo, este último considerado um dos livros mais influentes do teatro no século XX. Em 1948 foi encontrado morto em seu quarto no hospício.

Sobre o professor Michel Thiollent

Formado em Desenvolvimento Econômico e Social – Institut d'Etude du Développement Économique et Social (1969), mestrado em Développement Économique et Social – Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne – 1971) e Doutorado em Sociologia - Université de Paris V (René Descartes – 1975). Professor Associado 3 (1980-2011) da Universidade Federal do Rio de Janeiro/COPPE – UFRJ. Atualmente é Professor Adjunto do PPGA – Programa de Pós-Graduação em Administração da UNIGRANRIO. Tem experiência na área de Estudos Organizacionais e Metodologia de Pesquisa Qualitativa, atuando principalmente nos seguintes temas: pesquisa-ação, cooperação, métodos de pesquisa e de extensão, artes. Desenvolve pesquisas nas linhas Metodologia Participativa e Organizações, Sociedade e Desenvolvimento. Possui mais de cinquenta artigos publicados em periódicos, entre outras produções bibliográficas, técnicas e científicas. É autor de várias obras, dentre as quais se destaca Metodologia da Pesquisa-Ação, na décima oitava edição (2011), e organizador de diversos livros nas áreas em que atua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante. Obrigado!